"Um Vampiro" é um conto de atualizações semanais sobre Emílio, um vampiro recém-transformado que termina por descobrir que vampiros são muito diferentes do que propugnam as lendas e o imaginário popular.
Mais do que isto, Emílio passa a literalmente enxergar e sentir o mundo sob outra ótica, pois seus sentidos são mais aguçados, assim também como seus instintos mais humanos também se aguçaram.
Sim, e por que falar de vampiros?
Se há neste mundo um relato bem documentado, é o dos vampiros. Nada falta ali: relatórios oficiais, atestados de pessoas reputadas, de médicos,de padres, de magistrados; a prova judicial é a mais completa. E tudo isso, quem há que acredite em vampiros?
Rousseau
Esta citação acima é quase onipresente em tudo o que diz respeito a vampiros. Muito relutei, por isso mesmo, em colocá-la também em nosso site, e me tornar mais um na vasta lista. Mas não resisti, porque é uma afirmação abalizada, feita por alguém de grande referência histórica e filosófica. Se vampiros são lenda ou não, talvez muitos jamais tenham certeza. Mas, se há um mito comum a praticamente todos os povos, é o mito do ser hematófago nem humano nem não-humano, nem vivo nem morto.
Por ser um ser mítico comum a todos os povos, o vampiro termina fazendo parte de uma espécie de inconsciente coletivo, e é um tema que acaba interessando a milhões de pessoas. Eu não fujo desta regra, e, desde que, há uns bons pares de anos, um amigo meu me deu a idéia de escrever uma peça teatral sobre vampiros, estórias sobre eles me surgiram na mente. Após ter visto muitos filmes e lido alguns livros, senti-me insatisfeito com a maioria deles. Resolvi, então, dar início ao meu próprio conto, minha pequena aventura, que me inaugura no universo da literatura fantástica.
Não seria uma carona no sucesso de Crepúsculo e sua saga?
Para completar, não posso deixar de responder a esta pergunta, que já me foi feita muitas vezes. Com o sucesso de Crepúsculo, quase abandonei a idéia de escrever sobre vampiros, por exatamente prever este questionamento. Mas, pensei bem e cheguei a uma conclusão: a idéia surgiu antes mesmo de eu saber da existência de Twilight, e, de qualquer maneira, tudo é muito diferente. Tive o prazer de ler o primeiro livro da saga, para confirmar, e encontrei fatores em comum. Mas, a cada página que lia, reforçava-me a nítida impressão de que Stephenie Meyer, a autora da saga, havia feito uma larga pesquisa, onde encontrou as mesmas informações que eu. No mais, nossas capacidades criativas e nossas escolhas por elementos míticos fariam a diferença.
Resumindo: NÃO, não é uma carona no sucesso de Crepúsculo. Mas, apesar das perguntas inconvenientes, não posso negar que isto ajudou a atrair algumas atenções para esta minha aventura literária.
O autor.
